domingo, 6 de abril de 2014

Estimar a mudança na densidade real do solo

MO e Dp
Considerando um corpo A, com volume B e massa C, constituído de dois componentes diferentes, componente 1, com massa M1 e volume V1, e componente 2, com massa M2 e volume V2, a densidade real de A é dada por D=C/B=(M1+M2)/(V1+V2). Se a densidade real dos componentes 1 e 2 (D1 e D2) for conhecida, então V1=M1/D1 e V2=M2/D2. Assim, D=(M1+M2)/(M1/D1+M2/D2). Considerando M2 como uma porcentagem (X) de M1, ou seja, M2=X*M1/100, a mudança na densidade real de A com a adição do componente 2 pode ser calculada pela equação D=(1+X/100)/(1/D1+X/(100*D2)). Se considerarmos que D1 é a densidade real de um solo e que D2 é a densidade real da matéria orgânica, a equação pode fornecer uma ideia de como mudaria a densidade real do solo com a adição percentual de matéria orgânica. Note que, quando a adição for 100%, significa que metade da massa do corpo A é composta pela massa do componente 1 (M1) e a outra metade é composta pela massa do componente 2 (M2).

Também é possível ter uma noção de como muda a densidade de partículas de um solo com o avanço do intemperismo. Para isso, pode-se assumir que a densidade real de um solo "jovem" é igual a da caulinita (D1 = 2.65 g/cm³) e que a porcentagem de goethita (D2 = 4.37 g/cm³) vai aumentando com o "envelhecimento" do solo.

D1 g/cm³ D2 g/cm³
OBS: use o ponto e não a vírgula como símbolo decimal

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